25 julho, 2014

A cirurgia aconteceu...

Queridas e queridos,

No dia 16/07 o Pititico passou pela cirurgia. Chegamos no hospital às 06:00 e ele foi para o bloco cirúrgico 07:30.

Ele chorou quando o tirei da cama tão cedinho. Só sabia dizer: quero dormir na minha cama. Fiquei com dó, meu coração estava em migalhas. Mas foi acordado, pediu mamadeira e eu disse que ele tomaria depois. Certo. Não reclamou. Eu já havia explicado mais ou menos o que aconteceria e acho que ele entendeu.

Estava alegre, brincou na recepção do hospital, cumprimentou todo mundo, usou o banheiro com a privadinha mirim (haha, ele ficou encantado).

Quando a enfermeira nos chamou ele atendeu prontamente e ficou exibindo sua pulseira. Vestimos a roupinha e ele achou legal estar parecido com o médico, mas cansou rápido. Não queria mais a touca. Fiquei com ele no colo, bem juntinho, enquanto ele esperava pelo "balão". Ele ficou empolgado com a ideia de soprar um balão. Meu marido tava bem mais nervoso, ele não aguenta. E eu, também estava, mas precisava segurar a onda. Quando chegou a hora, a anestesista pegou ele no colo, eu beijei, falei que ficaria esperando e me deu uma vontade de tomar ele e sair correndo.

Mas eu tentei me manter tranquila, queria estar bem quando tudo terminasse. E foi maravilhoso ouvir o médico me chamar e dizer que a cirurgia tinha sido ótima! Ele colocou o testículo direito no saquinho e retirou uma hérnia inguinal.

Troquei de roupa e já dava pra ouvir o choro do meu Pititico. Fui pra sala de recuperação e meu coração doeu de ver ele com oxigênio, oxímetro, soro e muito agitado. Ele ficou no meu colo pra se acalmar e deu certo. Quando ele sentiu a tão querida cobertinha ele ficou quietinho. Ficava nervoso com o oxigênio mas controlável. Dormiu bastante. Quando fomos para o quarto ele já estava muito bem! Disse que a barriga tava roncando e tomou sua dedeirinha. Fez xixi normal.

Fomos pra casa de tardinha. No caminho ele vomitou bastante. Mas em casa estava tranquilo. Tomou remédio pra dor e eu fui dormir no quarto dele. Não dormi. Fiquei a noite toda ajeitando a posição dele na cama. Ele se mexe muito e toda hora reclamava.

Se passaram 10 dias, o saquinho (que inchou muiito) já está lindo (com o lado direito maior, rs), não está mais roxo e o corte fechadinho. O local onde foi retirada a hérnia tem um corte maior e fica saliente e meio duro. Tivemos consulta de revisão e o médico disse que está muito bom. A recomendação é fazer massagem com óleo de amêndoas (onde se retirou a hérnia) e continuar com o repouso. O que aliás é a parte mais difícil. Manter o Pititico sentado ou deitado, ou só andando é quase impossível. Porque o que ele gosta é de chutar bola, pega-pega, lutinha e não pode nada. Eu falei com ele que não pode correr, não pode pular...aí ele virou pra mim e: e andar, pode? Tipo, pelo menos andar pode? kkkkkkk. Fico com dozinha. Mas a boa recuperação depende disso. Não muito pelo testículo, mais pela hérnia (o médico disse que a hérnia surgiu porque o testículo estava fora do lugar).

Na semana que vem já volto a trabalhar (e a estudar) porque só tirei 15 dias de férias pra ficar com ele, os outros dias ficam pra próxima cirurgia que deve acontecer em outubro. Haja coração. O que me deixa calma é que ele fica com a minha mãe né? Sortuda eu.

Bom, é isso: a cirurgia foi perfeita; por mais que seja comum não é simples, porque como disse o médico "não existe cirurgia simples". Anestesia geral pesa aos ouvidos e coração. Foi realizada no momento certo, quanto antes melhor, mas não antes dos 2 anos. Eu fiquei com ele o tempo todo, marido trabalhando e eu cuidando. Ele recebeu visitas mas é melhor ficarmos só nós dois mesmo, rs, porque ele se agita e quer pular, correr, dar cambalhota, tudo que não pode. Ele gosta da massagem porque já anda sentindo uma coceirinha, acho que é por causa da cicatrização. Graças a Deus deu tudo certo! Obrigada a vocês que pediram por nós, que se importaram, me encorajaram!


09 julho, 2014

A culpa é da educação terceirizada?

Meus pensamentos andam fervilhando!

Aos 2 anos e 7 meses do Pititico eu vejo que educar não é mesmo fácil. Principalmente se você passa muito tempo longe. 

O Pititico contrariado com uma ordem minha vira e diz: "que saco". Ouviu, aprendeu e acha bonito falar: idiota, burro. Eu sei que é criança, tá aprendendo, fala o que ouve. Mas como eu faço pra não perder o controle? Eu deveria estar me desesperando? Eu converso, explico mas não tá resolvendo. Ele anda desobediente.

Fico pensando então se o problema é a tal educação terceirizada. Se não seria melhor ficar em casa e educar eu mesma do meu jeito. 

Outro dia li uma entrevista a respeito dizendo que antes quando a mulher ficava em casa, cuidava dos filhos tínhamos jovens mais respeitosos. E uma frase que fica martelando na minha cabeça: "essa é a geração mais abandonada de todos os tempos". A falta de tempo traz consequências na educação das crianças, todos sabemos disso.

Será que essa é a solução? Porque hoje as mulheres saem pra trabalhar não só porque gostam, muitas vezes é porque precisam mesmo. Ou às vezes porque ficamos pensando "quero dar o que não tive". Eu tive o que precisava: presença dos meus pais, mais da minha mãe, sempre. Não tinha brinquedos comprados em lojas, mas vestia, comia, bebia e, brincava muito com eles. Não íamos pra casa dos vizinhos, e se aprendia coisa errada na escola, em casa desaprendia.

Eu também quero ter tempo pra ensinar meu filho a se levantar da mesa, retirar seu prato e lavar o que usou.

 O que vocês acham? Meninas que deixaram de trabalhar fora me contem sua experiência! 

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A cirurgia do Pititico será dia 16/07, próxima quarta.