O Pititico anda dodói. No iníco pensei que fosse a chata da estomatite por aqui outra vez. No sábado ele acordou com hálito forte, babando e com duas bolhas avermelhadas na mão esquerda. Olhei a boca e vi que tinha aftas no céu da boca e bochechas. Fiquei triste porque já sabia como era. Nada de comer direito, choro, febre, madrugada em claro.
Mas na verdade não é estomatite e sim a doença da mão, pé e boca. Eu não conhecia. Não existe remédio, pois é causada por vírus. Só analgésico pra dor e febre, mas estou usando nistatina pra aftas e tem ajudado. Dura de 4 a 6 dias. É contagiosa, ele pegou da prima...eu sabia que a priminha estava doente por isso evitava o contato com ela. Mas o marido deixou eles brincarem juntos dia desses enquanto eu trabalhava, daí o resultado. Fiquei chateada, mas acontece né?
Graças a Deus as bolhas foram poucas: uma na bochecha, duas na mão esquerda, algumas nos pés e outras no bumbum.
Tomara que vá embora logo. Fico com uma dozinha do Pititico porque quer comer determinadas coisas e não pode. A alimentação precisa ser leve, fria, e ingerir muito líquido. Ele faz cara de choro e pede: memédio mamãe. Durante o dia fica melhor: come pouco, mas brinca e ri bastante. A noite é que as coisas pioram.
E ontem ele caiu na casa da vovó e "ralou" o nariz. Minha mãe ficou muito sentida, eu percebi. Mas claro que tentei tranquilizá-la, os tombos são inevitáveis.
Pra completar estão nascendo os molares, as gengivas estão inchadas e coçando bastante. O Pititico tá um dengo só. O que mais tenho ouvido é: tolo mamãe. Emerson anda até enciumado, rs. Tem hora que bate o cansaço, mas estou bem paciente. O tempo tem corrido tanto que já ele cresce e não vai mais querer o colinho da mamãe aqui. Vou aproveitando.
Eu li que um ano e meio é chamado de data redonda e é considerado uma das melhores fases da criança. Não sei se é verdade, pra mim cada fase tem suas peculiaridades. Quando eu estava grávida gostei muito do sexto mês. Eu tinha disposição, nenhum mal estar e a barriga era mais linda do que nunca. E de fato, o Pititico está num momento de fofurice pura.
Uma semana atrás já havia avisado pra ele que hoje era dia de consulta. Ele não esquecia. Todos os dias quando passávamos a pomada no pintinho (pra fimose) ele dizia: Má (tia Amália). E como a vovó falou que qualquer dia iria com a gente ele perguntava: vovó? E eu dizia que a vovó não poderia ir. E lá vinha ele: papai, mamãe, eu. Sim, nós três.
Saímos cedo, a consulta era às oito mas pegamos um congestionamento daqueles. E não foi fácil conseguir que ele ficasse na cadeirinha até chegar. Eu cantei, contei história, disse que a polícia prendia se não tivesse na cadeira... É que outro dia li no blog Aprendendo a ser mãe hoje, escrito pela Daniela Zanatto algo que me abriu os olhos. Ela conta de um acidente que sofreram e o que salvou os filhos foi o fato de estarem na cadeirinha e no bebê conforto.
Quando o Pititico começava a reclamar e querer vir pro colo, Emerson logo falava: pega ele. Tira daí. Ele já tá cansado. E eu levava ele no colo. A Dra. Amália já me "puxou a orelha" por causa disso. Depois de ler o relato da Dani eu prefiro deixar chorar ou parar pra ele descansar do que deixá-lo sem segurança.
Na consulta correu tudo muito bem. Ele já foi logo pedindo o urso que tem lá pra brincar. E o papai ganhou elogios. Acontece que eles ficam brincando enquanto eu converso com a pediatra e ela disse que normalmente os pais ficam impacientes, olham o relógio o tempo todo, não saem do celular, rs.
Tudo certo com as vacinas. A tia Amália examinou ele numa boa. Ele ia repetindo junto: orelha, nariz, boca, coraçon, piu-piu. E está tudo bem com as bolinhas e a fimose já não tem quase nada.
Está pesando 11.140 Kg e medindo 82,5 cm.
Aí que na hora que a tia Amália colocou-o na balança ele não queria mais sair. Fingi que ia embora e ele me deu tchau. Disse titia. Queria ficar lá. Foi preciso muita conversa materna (vocês me entendem, né?) pra convencê-lo.
Um ano e meio de muita gostosura, alegria, renúncia, descobertas, aprendizado, amor. Me encanto com o olhar de Emerson ao ver como o nosso filho tá crescendo.
O que ele faz de sensacional pra nós:
- conta até seis sozinho;
- sabe diferenciar a mão esquerda da direita;
- sabe o que é perto, longe, alto e baixo;
- tem uma ótima memória. Se fala da Tia Keila, diz o nome de todo mundo que mora na casa, uma graça.
Aprendeu novas palavras :
leite
unha
dedo
arofa = farofa
mai alero = Mike o cavaleiro
titico = Pititico
mulo = muro
late = chocolate
idado = cuidado
totoso = gostoso
vião - avião
acina = vacina
Ah fala tudo, repete tudo, se "intromete" na conversa, rs.
Continua gostando muito de morango e cenoura. E agora também de uva, chuchu, angu, quiabo, pão e café com leite.
Muita coisa mudou. O au-au virou cachorro, o miau virou gato e a cocó virou galinha. O Pititico já forma pequena frases:
- a (boa) noite papai;
- idado cair (cuidado pra não cair);
- mamãe juda (ajuda)
Tem suas táticas pra me fazer levantar cedo e tirá-lo do berço: me grita pedindo ajuda ou me chama de Déia.
É muito educado, conversa com todo mundo, diz oi, dá tchau. Ainda temos birras, pirraça mas já melhorou bastante. Olho nos dele e falo séria; tem resolvido.
Um pouquinho da pessoinha que nos faz mais felizes:
É um defeito eu confesso. Sou muito indecisa. Mas nesse caso não é isso. Não sei se todo mundo sabe mas estávamos decididos a ter outro filho agora. Pensamos muito, li muita coisa, vi textos lindíssimos sobre "irmãos", e achamos que era hora. Já tinha até parado com o AC. Mas daí que mudamos os planos (embora eu esteja sentindo estranhos enjoos e ainda fique na expectativa, kkkkkk).
O motivo é unicamente financeiro. O mar não está pra peixe. Precisamos terminar algumas coisas lá em casa, vamos mudar o Pititico de quarto (porque o quarto dele fica pro lado da rua e faz muito barulho) e vou voltar para a Faculdade. Vou estudar de manhã meninas! Por isso decidimos esperar... uns três anos. Se as coisas estiverem melhor antes adiantamos...
Deu uma tristeza, não vou negar, mas é necessário pensar bem né? Filho precisa de muita coisa. E voltando a estudar quero dedicar o tempo livre ao Pititico.
***
Sobre o bichinho, Emerson não quer um peixe. Eu gostei das dicas de vocês e aí pensei num passarinho, mas como eu iria por no sol saindo cedo e chegando tarde? Descartei. Pensei na tartaruga (o Pititico diz uga) mas Emerson não quis também. Ele queria mesmo um cachorro mas eu não quero. kkkkk. Difícil né? É que acho que pra ter um bichinho tem que cuidar direitinho...
No momento tô pensando em dar pra ele uma piscina de bolinhas, rs.
Na minha infância as brincadeiras eram ao ar livre. Brinquei muito de esconde-esconde, pega-pega, amarelinha, rouba bandeira...
E eu quero que o Pititico também possa brincar assim, sem pilha. Hoje vou mostrar pra vocês uma brincadeira que ele adora: esconde-esconde (queria postar o vídeo mas não deu, aff, fica pra próxima).